EXTRAS EPISÓDIO 08
Após as prisões dos sete acusados a população geral ficou com a impressão de que o Grupo TIGRE foi enganado pelos Abagge e o Grupo Águia foi o responsável pela rápida resolução do caso. Com as gravações e a coletiva de imprensa não restava mais dúvida que aqueles eram realmente os culpados. Se um nova investigação fosse feita seria no sentido de encontrar provas materiais que comprovem as delações dos envolvidos e ainda verificar se eles também eram responsáveis pelo sumiço de outras crianças do Paraná.
6 DE JULHO DE 1992
Matéria do jornal Tribuna do Paraná, onde dizia que muitas pessoas seguiam a seita, um caderno com nomes de pessoas importantes foi apreendido junto ao altar de sacrifícios, um punhal e um recipiente de cerâmica. O punhal seria usado para abater as supostas vítimas e o sangue delas era colhido no recipiente e servido aos presentes.
Como podemos perceber a narrativa toda é bastante cinematográfica. Figuras importantes do Paraná estariam envolvidas com a seita satânica que sacrificou uma criança e poderia ter sacrificado outras. Outro fator importante para essa narrativa foi o envolvimento do Grupo Tigre com os Abagge. A pergunta que fica é: como que a seita se formou? Como a polícia militar conseguiu estabelecer os vínculos que a poderosa família Abagge estabeleceu com “pessoas comuns”?
Como já mencionamos a investigação paralela foi uma surpresa para todos e partiu do engenheiro civil Diógenes Caetano, que também era ex-policial civil, tio do menino e notório crítico da gestão de Aldo Abagge. A denúncia foi feita ao ministério público do Paraná no dia 29 de maio de 1992, quase dois meses após as investigações do Grupo TIGRE em Guaratuba.
Também a favor de Diógenes é importante ressaltar que os nomes de Airton Bardelli e Sérgio Cristofollini, os dois últimos a serem presos, não aparecem no seu depoimento original e que há outros nomes de pessoas na sua denúncia que poderiam muito bem terem sido colocados nesse grupo de acusados como, por exemplo, Antônio Costa, um empresário local que estava sempre perto de Osvaldo. De acordo com a promotoria esse seria o indicativo de que o Grupo Águia fez investigações sérias, não chegando aos sete acusados apenas por um denúncia já montado por Diógenes.
Na sua denúncia Diógenes explica que um dos detalhes que chamou sua atenção para o possível envolvimento de Osvaldo Marcineiro e Davi Soares foi um relato de Davina, uma tia de Evandro, citada no primeiro episódio. Segundo ela no noite do dia sete de abril, um dia após o desaparecimento de Evandro, Osvaldo e Davi – apelidado no documentos de Chero – teriam rodado por Guaratuba com Davina e seu marido Mário durante a madrugada e Osvaldo teria usado seus poderes mediúnicos para tentar encontrar o menino, chegando a levar Davina e Mario até poucos metros do local onde mais tarde o corpo de Evandro foi encontrado.
19 DE JUNHO DE 1992
Davina Ramos vai prestar uma declaração o Ministério Público, detalhando melhor o ocorrido na noite que Osvaldo Marcineiro levou ela até o local que mais tarde seria encontrado o corpo de Evandro, mantendo basicamente a mesma linha de eventos que Diógenes havia relatado. Esses termos de declaração dos dois foi fundamental para um dossiê que foi redigido pelo Grupo Águia no dia sete de julho de 1992, no qual explicava todo o processo de investigação. O documento recebeu o título “Operação Magia Negra”.
As declarações de Davina, aliadas a documentação já existente, deu suporte necessário ao promotor de justiça para opinar pela decretação das prisões temporárias, junto a Comarca de Guaratuba, dos indivíduos Osvaldo Marcineiro e Davi Soares. As quais foram expedidas no dia 1º de julho de 1992 pela juíza Anésia Edith Kowalski.
1º DE JULHO de 1992
Com as prisões dos dois acusados, que confessaram por escrito no fórum de Guaratuba e perante o promotor público a autoria do crime que vitimou Evandro. E também delataram a participação de Celina Abagge, Beatriz Abagge e Vicente de Paula. Após isso foi decretada suas prisões temporárias também pela juíza. Celina e Beatriz também foram presas e relataram suas participações no crime, as quais foram gravadas em fitas cassete, para mais tarde negar tais fatos seguindo a recomendação de seus advogados. Já Vicente de Paula afirmou ao ser interrogado a participação das pessoas acusadas e também citou que Airton Bardelli e Sérgio Cristofolini também participaram do crime. Sendo estes, por ordem judicial, presos em data de 3 de julho de 1992 na cidade de Guaratuba.
3 DE JULHO DE 1992
Prisão de Airton Bardelli e Sérgio Cristofolini. Por orientação de seus advogados os dois negaram a participação no crime.
Em seguida o documento explica a participação de cada acusado no crime, contém também para relatos de testemunhas, descrições sobre o local onde ocorreu o ritual e na página cinco há um relato sobre o “transporte dos detidos”:
“Quando a população tomou conhecimento que os acusados estavam no fórum de Guaratuba, por força de mandado de prisão temporária, formou-se um tumulto onde várias pessoas armadas, indo desde pedras até armas de fogo, partiram para a agressão dos presos. O policiamento foi reforçado visando a preservação de suas integridades físicas e ainda assim ocorreram socos e pontapés nas pessoas que estavam sendo custodiadas. As agressões se repetiram na apresentação dos mesmos à imprensa na Secretaria de Estado de Segurança Pública em Curitiba por parte dos funcionários do local, revoltados com o ocorrido.”
No documento está registrado que é irrefutável a participação de Celina, Beatriz, Osvaldo, Vicente, Davi, Airton e Francisco no ritual satânico ocorrido no dia 7 de abril de 1992 na cidade de Guaratuba fazendo como vítima fatal Evandro Caetano e havendo ainda indícios de que os acusados são autores de outros crimes que vitimaram crianças que estavam desaparecidas. Devido as circunstâncias em que ocorreram as prisões dos envolvidos foi solicitado verbalmente ao doutor Alcides Bittencourt Neto, promotor de justiça designado para acompanhar o caso, para que logo após a apresentação dos presos a imprensa, fossem os mesmos submetidos a um exame de lesões corporais.
O documento se encerra com uma última sessão, que indica os anexos pertinente aos dossiê, entre eles declarações de Diógenes e Davina, recortes de jornais da epoca, cópias de mandados de prisão, transcrições das confissões de Beatriz e Celina entre outros documentos. Por fim vemos a data do documento, 7 de julho de 1992, com a assinatura do então capitão da polícia militar Valdir Copetti Neves.
O dossiê Operacão Magia Negra é fundamental para entendermos qual foi a lógica seguida para que as investigações e prisões ocorressem. Dá para constatar que a ordem dos fatores é a seguinte:
1. Diógenes e Davina fazem suas denúncias ao Ministério Público;
- O Grupo Águia passa a investigar, provavelmente nas duas últimas semanas de junho de 1992;
- Osvaldo e Davi são os primeiros presos no dia 1º de julho, a partir de mandados de prisão emitidos pela juíza Anésia Edith Kowalski;
- Após presos os dois delatam Beatriz, Celina e Vicente de Paula como participantes do crime. Os três são presos no dia 2 de julho, também com os mandados de prisão emitidos pela juíza Anésia Edith Kowalski;
- Depois de preso Vicente de Paula delata Airton Bardelli e Sérgio Cristofolini;
- Airton Bardelli e Sérgio Cristofolini são presos no dia 3 de julho mas nunca admitiram culpa.
DOWNLOAD DOSSIÊ OPERAÇÃO MAGIA NEGRA
No segundo episódio mencionamos como essa operação secreta da polícia militar acabou fortalecendo um já histórico clima de rivalidade entre eles e a polícia civil no que se refere a qual polícia tem o poder de fazer investigações. Teoricamente em casos como o de Evandro apenas a civil, que é integrante da polícia judiciária, teria esse poder. polícia Judiciária é a nomenclatura dada aos agentes que possuem competência de investigação e desde a Constituição de 1988 para casos criminais civis duas polícias teriam esse poder: a civil, como era o caso do Grupo TIGRE, e a polícia federal. O que significa que a PM só pode realizar prisões mediante flagrantes.
Vale ressaltar três pontos importantes: primeiro que o ano de 1992 ainda é um ano de transição para a nova Constituição, no qual não era incomum a PM realizar investigações. Segundo que conforme já explicamos após a denúncia de Diógenes havia essa suspeita de que a polícia civil estaria sendo cooptada pela família Abagge, inclusive talvez por conta da sua proximidade da figura de Aníbal Khury, como foi explicado nos episódios 3 e 4. E por último, conforme consta nos autos o Grupo Águia teve auxílio da polícia federal nas suas investigações, inclusive quem faz as perguntas para Beatriz Abagge durante a travessia do ferry boat era um policial federal chamado Antônio Carlos Teixeira Coelho.
Antônio não se identifica no vídeo mas a informação pode ser retirada a partir da declaração do então delegado da polícia federal de Paranaguá, José Augusto Mello Chueire. em um depoimento que ele prestou no júri de 1998, na qual as Abagge foram julgadas, ele informava que: “houve uma oferta de auxílio espontâneo ao grupo especial da Polícia Militar, que o comandante da equipe da PM em Guaratuba na época dos fatos era do capitão Neves e que foi o depoente que por telefone determinou a prisão das rés que foram conduzidas ao fórum de Guaratuba”.
Essa foi uma argumentação muito utilizada pela promotoria, de que a PM não agiu sozinha e que também teve a participação de policiais federais e que dessa forma mesmo em uma circunstância bastante particular haveria maior legitimidade nas investigações conduzidas pelo grupo Águia. E ainda por cima no decorrer do Caso Evandro há ainda todo um debate se a P2, grupo de inteligência da polícia militar, tinha algum tipo de acordo com o Ministério Público na década de 90. Quem comentar um pouco sobre isso é o promotor público Carlos Alberto Dalcol em depoimento prestado em 2004 no julgamento de Osvaldo, Davi e De Paula. Por ter acompanhado parte do caso, especialmente as prisões do dia 2 de julho ele acabou depondo em todos os julgamentos realizados. Quem faz as perguntas é o promotor Paulo Marcovitch.
O promotor Paulo questiona se havia um termo de cooperação técnica entre a PM e o Ministério Público. Alberto responde que sim, havia um termo de cooperação entre a P2 da PM e o Ministério Público. Paulo também pergunta a Alberto se ele, como promotor solicitou alguma vez que policiais investigassem alguma situação e Alberto responde que solicitou várias vezes e que era comum isso acontecer. essa declaração incomoda bastante a defesa já que uma de suas teses de argumentação a favor da inocência dos sete réus é que a própria investigação do Grupo Águia seria inconstitucional. O advogado de defesa, Haroldo Cesar Nater pergunta para Alberto se existia algum convênio do Ministério Público com a polícia civil e Alberto responde que sim e que até o momento o Ministério Público sempre trabalha em conjunto com a polícia civil.
No início desse depoimento de 2004 o promotor Dalcol menciona que quando chegou ao Fórum de Guaratuba conversou com Celina e Beatriz. este relato é relevante para o caso porque é um promotor de justiça funcionando como testemunha de uma confissão espontânea.
De acordo com as defesas o problema da confissão que Dalcol menciona é que ela não consta formalizada nos autos, sendo apenas um relato dele dizendo que ouviu isso mas não foi reduzido a termo. As defesas exploram isso, como podemos ver no trecho do julgamento de Beatriz Abagge em 2011 no qual seu então advogado de defesa Adel El Tasse intervém no depoimento de Dalcol no momento em que ele narra a confissão espontânea chamada também de oitiva informal.
Quando verificamos os autos do processo é notável a diferença entre redação e descrição de etapas de investigação quando o texto é da polícia militar ou quando o texto é da polícia civil. Nas folha redigidas pelo Grupo Tigre há menção de nomes, lugares, datas e o que cada policial vez. No dossiê “Operação Magia Negra” o único nome que aparece é o do então capitão Valdir Copetti Neves, que assina o documento. Não dá para saber quais policiais fizeram as prisões, quando fizeram e para onde foram. Os buracos que constam no dossiê serão responsáveis por grande parte dos choques de narrativa entre defesa e acusação. E talvez o maior deles seja uma informação extremamente importante: o local onde foi realizada as gravações das confissões do dia 2 de julho, tanto as feitas em vídeo com Osvaldo e Davi, quanto as de fita cassete de Beatriz e Celina. O máximo que o dossiê informa é que Osvaldo e Davi confessaram por escrito no Fórum de Guaratuba e que Celina e Beatriz tiveram seus relatos gravados em fita cassete.
E neste trecho há dois problemas no relato. Osvaldo e Davi só fizeram suas confissões por escrito na madrugada entre os dias 2 e 3 de julho em Matinhos e não no Fórum de Guaratuba como o relatado no dossiê. O dossiê também não informa onde e quando a fita cassete de Beatriz e Celina foi gravada.
De acordo com a acusação a cronologia do dia 2 de julho de 1992 é a seguinte:
Por volta das oito da manhã policiais militares e federais à paisana foram até a casa das Abagge, apresentaram os mandados de prisão e as encaminharam ao Fórum de Guaratuba.
Às nove horas, Beatriz e Celina assinam o mandado de prisão no Fórum de Guaratuba, que também contém as confissões de Osvaldo e Davi. Na fita Beatriz chega a perguntar se pode assinar sem a presença do seu advogado e o homem ao seu lado diz que não tem problema, pois é apenas um mandado de prisão.
Pouco tempo depois começou a circular pela cidade a notícia de que elas estavam no Fórum e que teriam confessado participação na morte de Evandro. A população passou a se concentrar em volta do local com ameaças de linchamento e por conta disso os policiais militares e federais teriam retirado as duas do Fórum, colocados ambas em carros descaracterizados com ordens de rodar pela cidade. O próprio Valdir Copetti Neves comenta esse acontecimento, num depoimento do júri de 2005, no julgamento de Airton Bardelli e Sérgio Cristofolini.
De acordo com a promotoria as Abagge saíram de casa de manhã, após a apresentação do mandado de prisão e foram encaminhadas até o Fórum de Guaratuba, onde assinaram o mandado. para evitar de serem linchadas foram retiradas do local lá pelas nove e meia ou dez horas da manhã, circularam pela cidade por algum tempo e depois pararam no posto da polícia militar de Matinhos e ficaram aguardando a ordem para voltar para o Fórum.
Por volta das duas da tarde as Abagge voltaram para o Fórum, para prestar os depoimentos formais. De acordo com a acusação neste momento elas já estavam acompanhadas do então advogado da prefeitura Silvio Bononi. Os relatos mais uma vez variam, às vezes o advogado está com elas desde de manhã, noutras só à tarde. Por enquanto vamos supor que ele está apenas na parte da tarde.
Entre três e meia da tarde e cinco da tarde, horário que também varia de acordo com quem está relatando, os agentes notaram que a população estava novamente se concentrando em torno do Fórum de Guaratuba. Por conta disso optaram retirar as Abagge definitivamente da cidade e as encaminharam até um quartel da polícia militar em Matinhos. A travessia foi feita num ferry boat, destinado apenas à elas, e foi nesse momento que foi gravado as perguntas de um dos policiais para Beatriz enquanto ela chora.
Em Matinhos um segundo advogado chega para defender as Abagge, o doutor Roberto Machado Filho, vindo de Curitiba. De acordo com os autos é às sete e quarenta da noite no quartel da polícia militar de Matinhos que Beatriz Abagge presta seu primeiro depoimento formal. Dez da noite foi a vez de Celina, uma da manhã foi Vicente de Paula, duas e cinquenta da manhã Osvaldo e por último às quatro e quarenta da manhã Davi dos Santos. De todos esses depoimentos apenas Beatriz e Celina tinham advogados acompanhados elas e já naquele dia em seus interrogatórios formais elas negam que cometeram o crime e apontam que foram torturadas.
É por isso que a fita cassete tem tanta importância pois nos autos é o único momento que elas admitem participação no ritual. Em todos os depoimentos formais que elas deram, negaram tudo. E mesmo no depoimento prestado em Matinhos na noite do dia dois de julho elas já alegaram terem sido torturadas.
Dalcol diz que chegou ao Fórum entre uma e duas da tarde. Ele também alega que pouco tempo depois as Abagge chegaram e esse intervalo de tempo varia de depoimento para depoimento.
Vamos supor que Dalcol chegou ao Fórum às 13:45 e elas chegam às 14:00. de acordo com a promotoria elas foram levadas pelos policiais para fora do Fórum pela manhã para evitar o linchamento por parte da população. Com base nos autos se de fato Beatriz assinou o mandado às 09:00, como consta no documento, vamos imaginar que pelas 09:30 elas foram retiradas.
Pelo depoimento de Dalcol é nessa janela de tempo, entre 09:30 e 14:00 que supostamente a fita cassete teria sido gravada. Considerando que ele acompanhou as presas até Matinhos e não viu nenhuma gravação em fita cassete acontecendo. E foi nessa janela de tempo que de acordo com as Abagge teriam ocorrido as torturas.
O processo das Abagge possui mais de vinte mil páginas e se a primeira vez que aparece o nome de alguns dos policiais militares envolvidos na Operação Magia Negra data de agosto de 1993, ou seja, mais de um ano após as prisões. dos sete depoimentos de policiais registrados 3 citam a gravação da fita. Copetti Neves diz que a gravação da fita cassete foi feita durante a remoção para Matinhos, na travessia de ferry boat, e as presas na ocasião confessaram a participação no assassinato de Evandro. Dirceu Silvestre Matias relata que a fita começou a ser gravada dentro do carro, depois da saída do fórum com destino a Matinhos, ainda no meio do tumulto da população e tendo continuidade no carro no ferry boat. Por último, José Romário Machado conta que a gravação foi feita em um gravador ainda antes da chegada ao ferry boat, que sua duração foi cerca de 30 minutos e que foi concluída em Matinhos.
Apesar das divergências nos relatos pelo menos todos apontam que a gravação foi feita dentro do carro, durante a travessia de Guaratuba para Matinhos. Isso pode explicar porque Dalcol não viu a gravação sendo realizada, uma vez que não estava no carro naquele momento. Porém para a gravação ser feita, no mínimo, Beatriz e Celina deveriam estar no mesmo veículo.
Numa matéria da repórter Dulcinéia Novaes, que presenciou a remoção das Abagge do Fórum no dia 2 de julho, é possível ver que apenas Celina e alguns policiais estão no carro. Devido a má qualidade da gravação talvez Beatriz esteja presente e seja difícil de ver ou talvez a confusão também tenha dificultado a identificação das pessoa presentes. Isso significaria que o repórter Reginaldo Silva tenha cometido o mesmo erro pois cita que apenas Celina estava dentro do carro. Talvez os policiais colocaram Celina e Beatriz juntas no mesmo carro após se afastarem do tumulto e a partir desse ponto começaram a gravação.
Mas isso não explica a presença de Osvaldo Marcineiro nas gravações, logo no início da fita cassete. Segundo depoimento de outro policial do Grupo Águia chamado Francisco Kapfenberger Filho, que foi um responsáveis pela prisão de Osvaldo, a prisão do homem foi feita no dia 1º de julho e no dia 2 de julho Osvaldo estaria direto com ele em Matinhos e que já na parte da noite presenciou a chegada das Abagge.
DESAFIO LUZ DO FÓRUM DE GUARATUBA
Download do PDF com o desafio.
Vídeo de referência:
Vídeo de referência com qualidade um pouco melhor (tempo diferente dos minutos citados no episódio):
ATUALIZAÇÃO EM 06 DE MARÇO DE 2019
No dia 28 de Fevereiro de 2019, o ouvinte Marcel Gomes fez uma contribuição pelo Twitter sobre o desafio da Luz:
@mizanzuk
Parabéns pelo #ProjetoHumanos, segue minha pequena contribuição, fiz a simulação do sol no dia 2/7 no antigo fórum de Guaratuba, no SketchUP.https://t.co/rqoC6acV0Y
Tentei simular como a luz reagiria dentro da sala, mas para isso preciso de mais tempo ;p— Marcel Gomes (@Marcelgo) 28 de fevereiro de 2019
O vídeo que ele produziu (recomenda-se ver em tela cheia e com resolução máxima):
ATUALIZAÇÃO EM 12 DE MARÇO DE 2019
Uma ouvinte chamada Júlia, que é arquiteta, fez uma simulação da luz no Fórum de Guaratuba utilizando o software Ladybug, no Grasshoper. De acordo com ela: “considerando a orientação da sala para a rua ponta grossa e inclui também as edificações no entorno que poderiam interferir na sombra. Considerei o arquivo da carta solar de Curitiba, mas como a latitude é praticamente a mesma, isso não deve afetar o resultado.”
Segue o resultado:
De acordo com a Júlia, “pela análise da carta solar, é possível notar que apenas a partir das 15h00 temos sol direto entrando dentro da sala”.