Enciclopédia do caso Evandro

EXTRAS EPISÓDIO 25

 

“Se alguém diz que está chovendo e outra pessoa diz que está seco, seu trabalho não é citar os dois. Seu trabalho é olhar pela janela e descobrir qual é a verdade”. 

 

Jonathan Foster,

professor de jornalismo da Universidade de Sheffield (Reino Unido)

 

 

RECAPITULAÇÃO E NOVAS INFORMAÇÕES

No júri de 1999, em São José dos Pinhais-PR, durante o julgamento de Osvaldo, Davi e Vicente de Paula, o delegado da Polícia Federal de Paranaguá, José Augusto Mello Chueire, informava que a casa do ditador Stroessner era base de operações da Polícia Federal – e que a P2 da Polícia Militar (ou seja, o Grupo ÁGUIA) também a utilizei em 1992.

 

[DOWNLOAD] Depoimento José Augusto Mello Chueire, delegado da Polícia Federal de Paranaguá, no júri de 1999

 

No inquérito de investigação sobre as alegações de tortura, os policiais do Grupo ÁGUIA diziam que Osvaldo Marcineiro teria sido preso no dia 01 de Julho de 1992, levado para o Quartel da Polícia Militar, depois para o Fórum de Guaratuba (onde teria prestado um depoimento perante um promotor), e no dia 2 de Julho teria ficado o dia todo no quartel. Dos seis policiais que prestaram depoimentos no inquérito, os dois que assumiram que participaram das prisões de Osvaldo foram Francisco Kapfemberger Filho e Dirceu Silvestre Matias. Mas isso era mentira: nas gravações da fita VHS de 2 de Julho, Osvaldo aparece na casa de Stroessner e na serraria Abagge. Já na fita cassete com as confissões das Abagge, Osvaldo aparece no início dela. Todas essas gravações foram produzidas pelo próprio Grupo ÁGUIA. Ou seja, eles entram em contradição.

 

[DOWNLOAD] Depoimento dos policias do Grupo ÁGUIA no inquérito de investigação de torturas

 

[DOWNLOAD] Inquérito de Investigação de Torturas (Completo)

 

Neste mesmo inquérito, há também depoimento de policiais federais que explicam como foram suas colaborações ao Grupo ÁGUIA. Dos três policiais, dois deles informam que fizeram a segurança da casa da juíza Anésia Edith Kowalski no dia 2 de Julho. De acordo com eles, ela estaria com receio de ir ao Fórum naquele dia. A Dra. Kowalski foi ao Fórum apenas depois que as Abagge foram retiradas de lá à tarde, com destino ao Quartel da Polícia Militar de Matinhos.

 

[DOWNLOAD] Depoimento dos policias Federais que participaram das prisões das Abagge no inquérito de investigação de torturas

 

Ao saber das prisões das Abagge, a delegada Leila Bertolini, do Grupo TIGRE, deslocou-se de Curitiba para Guaratuba com o intuito de entender o que estava acontecendo. Chegando ao Fórum, foi recebida pela juíza Anésia, que teria lhe apresentado uma confissão de três laudas de Osvaldo Marcineiro, admitindo ter matado Evandro Ramos Caetano e Leandro Bossi. De acordo com um depoimento prestado por Leila em 8 de Março de 1993, esse depoimento não tinha assinatura de promotor e parecia ser “limpo demais” – ou seja, parecia falso. No dia 9 de Março de 1993, o policial Blaqueney Murilo Iglesias também prestou depoimento explicando esse dia. De acordo com ele, o depoimento de Osvaldo teria apenas uma lauda, e não três, como Leila dizia.

Se existiu, esse depoimento de três laudas nunca foi anexado aos autos.

 

[DOWNLOAD] Depoimento Leila Bertolini sobre ter ido à Guaratuba após as prisões das Abagge

 

[DOWNLOAD] Depoimento Blaqueney Murilo Iglesias sobre ter ido à Guaratuba após as prisões das Abagge

 

Diferente do que foi contado em episódio anteriores, de fato há um depoimento de Osvaldo Marcineiro delatando seus supostos cúmplices. Ele havia passado batido antes porque fazia parte de um apenso que não estava nos arquivos digitalizados que usamos nas pesquisas originalmente. Após conseguirmos uma cópia, atestamos sua existência. Contudo, o depoimento de delação de Osvaldo possui uma série de inconsistências. Não há testemunhas presentes, não há nome nem assinatura de escrivã (mesmo o texto citando que ela está lá), o promotor assina como “Dr. Promotor de Justiça”, entre outras coisas. Mas o mais estranho de tudo é o fato de que nesse suposto depoimento de Osvaldo, ele teria já delatado todos os seis participantes. Isso é estranho por pelo menos depois motivos:

1. Por que o Promotor Substituto (Dr. Samir Barouki, substituindo o Dr. Alcides Bittencourt Neto, que havia entrado de férias um dia antes) não pediu a prisão temporária de todos? Por que as prisões temporárias de Airton Bardelli e Francisco Sérgio Cristofolini só foram pedidas depois das prisões de Vicente de Paula, Celina Abagge e Beatriz Abagge?

2. Como é possível que na madrugada de 01 para 02 de Julho Osvaldo citasse os seis cúmplices, mas em gravações do Grupo ÁGUIA neste dia ele citava apenas ele próprio, Vicente, Beatriz e Celina?

Face a essas inconsistências, as defesas argumentavam que esse depoimento de Osvaldo parecia forjado. Ele teria sido feito dias após as prisões, para consertar as possíveis irregularidades cometidas.

 

[DOWNLOAD] Autos de Prisão Temporária nº04/92, contendo a confissão de Osvaldo com a assinatura do “Dr. Promotor de Justiça (Folha 12)”

 

 

IMAGEM 1: Depoimento de Osvaldo Marcineiro, na madrugada do dia 1 para 2 de Julho, sem assinatura de escrivã e com assinatura de promotor como “Dr. Promotor de Justiça”. Teoricamente, este depoimento fundamentou o pedido de prisões temporárias do dia 2 de Julho. Para a defesa, esse depoimento foi forjado e feito dias após as prisões.

 

 

IMAGEM 2: Com base no depoimento de Osvaldo (IMAGEM 1), Ministério Público pede prisão de Beatriz Abagge, Celina Abagge e Vicente de Paula Ferreira. Se as prisões do dia 2 de Julho foram feitas com base naquele depoimento de Osvaldo Marcineiro, por que o MP não pediu as prisões de Bardelli e Cristofolini nesse dia também?

 

 

IMAGEM 3: os pedidos das prisões temporárias de Airton Bardelli e Francisco Sérgio Cristofolini foram feitos apenas no dia 3 de Julho. No ofício, o MP cita as declarações dos cinco primeiros presos como fundamentação. Esses depoimentos são os que foram tomados no quartel da Polícia Militar de Matinhos.

 

 

Em 12 de Novembro de 1992, a repórter Monica Santanna publicada na Folha de Londrina uma matéria revelando que uma das escrivãs de Guaratuba, a Sr. Leila Maria Ferreira Bello, teria sido gravada escondido pela advogada de Davi dos Santos Soares, a Dra. Stela Maris Doubek Motta. Nesta conversa, a escrivã dizia que Osvaldo teria sido irregular, e que a juíza Anésia saberia de tudo.

 

IMAGEM 4: Matéria de Monica Santanna (Folha de Londrina), em 12 de Novembro de 1992, noticiando sobre a escrivã de Guaratuba que foi gravada com a advogada de Davi.

 

[DOWNLOAD] Degravação fita gravada entre escrivã e advogada

 

Os advogados de Beatriz e Celina entraram com um processo de suspeição contra a juíza Anésia, mas não foram bem-sucedidos. Já a Dra. Anésia argumentava que tudo não passava de uma armação da polícia civil e dos advogados de defesa. Por sua vez, a escrivã Leila sofreu um Processo Administrativo, a pedido da juíza Anésia. Nele, a escrivã afirmava que nunca teve tal conversa com a advogada de Davi.

 

[DOWNLOAD] Processo Suspeição Anésia Parte 1

[DOWNLOAD] Processo Suspeição Anésia Parte 2

 

[DOWNLOAD] Processo Administrativo contra escrivã Leila Maria Ferreira Bello

 

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FITA BOSSI

 

Diógenes Caetano dos Santos Filho sempre afirmou em entrevistas e depoimentos que havia uma fita de confissão de Osvaldo Marcineiro assumindo ter assassinado o garoto Leandro Bossi, que desapareceu dois meses antes de Evandro, em Guaratuba. Mas essa fita nunca entrou nos autos, nem de Evandro, nem de Leandro. Apesar disso, Diógenes afirmava que essa fita chegou a passar na antiga TV OM (atual rede CNT), graças a uma reportagem do jornalista Gladimir Nascimento.

Entre 1999 e 2001, o então delegado do SICRIDE, o Dr. Harry Carlos Herbert, tentou descobrir o que teria ocorrido com aquela fita. Em depoimentos ao Dr. Herbert, Diógenes explicava o que sabia sobre a fita; Valdir Copetti Neves dizia que a fita realmente existia, que ela foi entregue ao secretário de segurança da época, o Dr. Moacir Favetti; Favetti dizia que todas as fitas do Grupo ÁGUIA foram entregues à Polícia Civil. Por fim, o repórter Gladimir Nascimento afirmava ter recebido a fita graças a um policial do ÁGUIA chamado “Romário” – provavelmente José Romálio Machado. Gladimir teria chegado neste policial graças a Diógenes Caetano dos Santos Filho, que o apresentou em Guaratuba, em 1992.

 

[DOWNLOAD] Depoimento Diógenes sobre a fita (29-9-1999)

 

[DOWNLOAD] Depoimento Valdir Copetti Neves sobre fitas (9-2-2000)

 

[DOWNLOAD] Depoimento Moacir Favetti sobre fitas (13-5-2000)

 

[DOWNLOAD] Depoimento Gladimir Nascimento sobre a fita (28-11-2001)

 

Através de uma fonte que preferiu se manter anônima, nós conseguimos recuperar a fita que havia se perdido. Abaixo, pode-se ouvir ela íntegra.

 

A fonte entregou uma série de mini-fitas cassete, sendo que duas eram referentes ao caso Evandro. A confissão sobre Leandro Bossi, que tem cerca de 2 minutos de duração, fazia parte de uma dessas fitas.

Mas nessas duas fitas havia cerca de duas horas de materiais inéditos. Eram gravações com Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares, Vicente de Paula Ferreira. Elas comprovavam uma série de coisas que os acusados sempre falaram sobre como teriam sido suas prisões.

 

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PRIMEIRAS CONFISSÕES MARCINEIRO

Após uma extensa apuração do conteúdo das fitas, comparando-as com depoimentos dos acusados e de autoridades, foi possível supor com alguma segurança a ordem das gravações.

Osvaldo passou pelo menos por duas ou três sessões de gravações. A confissão de Leandro Bossi teria sido na terceira (última). É possível notar suas ordens pela construção da narrativa.

Na primeira sessão, que possui cerca de 11 minutos e 37 segundos (com vários cortes entre declarações), Osvaldo diz primeiro que matou o garoto sozinho porque estava bêbado. Depois inclui Beatriz, e depois Celina e Vicente de Paula em novos cortes. A cada nova volta, ele aumenta um pouco sua versão da história. Também no meio desses cortes, grita de dor, fica sem fôlego e pede algumas vezes para que parem o que quer que estejam fazendo.

A gravação é bem clara: ele está sendo forçado a confessar sob tortura física e psicológica.

 

PRIMEIRA SESSÃO GRAVAÇÕES OSVALDO

A cada novo corte, Osvaldo inventa um novo ponto. Para Ivan Mizanzuk, pelas fitas é pouco provável que ele estivesse sendo forçado pelos policiais a explicitamente falar “cite Beatriz e Celina”. Na impressão do Ivan, Osvaldo está falando os nomes que lhe vem mente no meio das torturas, inventando qualquer coisa que seja necessária para escapar com vida. Nesse processo, muda o modo que Evandro teria sido morto, quem participou, quem mandou, quem fez o quê…

Na segunda sessão de gravação, Osvaldo já tem uma versão bem mais próxima daquela que ele apresenta na fita VHS de 2 de Julho de 1992, gravada na casa de Stroessner. Mas a serraria só é mencionada no final dessa segunda sessão. Até então, em meio a torturas, ele insistia em dizer que o ritual teria ocorrido no matagal.

 

SEGUNDA SESSÃO GRAVAÇÕES OSVALDO

 

 

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CONFISSÕES VICENTE DE PAULA E DAVI

As fitas também continham gravações em áudio inéditas com Vicente de Paula Ferreira e Davi dos Santos Soares. Isso confirmou algo que eles afirmaram por anos: que eram gravados enquanto torturados.

No total, as gravações com Vicente de Paula duram em torno de 12 minutos e 10 segundos.

Nos três trechos apresentados no episódio, percebemos o seguinte:

 

 

TRECHO 1: O áudio é interrompido quando se ouve um rádio falando “ÁGUIA UM”.

 

TRECHO 2: Ao final do áudio, um dos policiais dizem “entroxa a cabeça desse cara para baixo”. “Entroxar” é uma gíria que significa “Enfiar”.

 

TRECHO 3: Quando Vicente de Paula volta, sua voz está ofegante.

 

Durante toda sua sessão, Vicente repente diversas vezes os nomes dos sete acusados. Para Ivan, foi Vicente quem deve ter incluído Sérgio Cristofolini na lista.

 

 

As gravações inéditas com Davi dos Santos Soares duram pouco mais de 12 minutos no total. No geral, seu teor não é muito diferente do que ele já dizia nas fitas VHS de 2 e 3 de Julho: de que ele estava lá mais como um observador convidado do que como um participante ativo.

 

 

SESSÃO COM DAVI DOS SANTOS SOARES (Sem citar Guilherme):

Mas há um trecho em específico, que parece ter sido gravado posteriormente (talvez no dia 3 de Julho) que Davi fala que eles também são responsáveis pelo desaparecimento do menino Guilherme Caramês Tiburtius, desaparecido em Curitiba em Junho de 1991. Mas Davi fala que Guilherme desapareceu no Carnaval de 1992. Pelo teor da conversa dele com o policial, é possível concluir que ele estava sendo forçado a assumir mais um caso de criança desaparecida.

 

 

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A NOVA FITA ABAGGE

PLAYLIST DO YOUTUBE COM OS TRECHOS DA NOVA FITA ABAGGE USADOS NO EPISÓDIO

 

Para análise da nova gravação contendo as confissões das Abagge com Osvaldo foram usados os seguintes materiais:

A fita nova;

A fita anexada ao processo;

A degravação do Grupo ÁGUIA, de 1992;

A degravação do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, de 1992;

O laudo de perícia fonética realizada na fita do processo, em 1999;

Os áudios anexados ao laudo de perícia fonética.

 

A nova fita possui trechos inéditos. Ao mesmo tempo, não possui alguns trechos que estão presentes na fita do processo. Essas diferenças foram anotadas em cima da degravação do Grupo ÁGUIA.

 

[DOWNLOAD] Degravação Grupo ÁGUIA com comentários de diferenças entre as fitas

 

Os cinco trechos apresentados no episódio foram nomeados como TRECHO A, TRECHO B, TRECHO C, TRECHO D e TRECHO E. Esses trechos foram destacados e assim nomeados nas degravações do Grupo ÁGUIA e da Polícia Civil.

 

[DOWNLOAD] Degravação Grupo ÁGUIA com marcações

 

[DOWNLOAD] Degravação Polícia Civil com marcações

 

No laudo de perícia fonética de 1999, o perito enumerou os trechos analisados com números. A relação daqueles trechos com o apresentados aqui são os seguintes:

• TRECHO A -> TRECHO 14 (Arquivo “Perícia 1 – Guarat14 (trecho A e B)”)

• TRECHO B -> TRECHO 14 (Arquivo “Perícia 1 – Guarat14 (trecho A e B)”)

• TRECHO C -> TRECHO 15 (Arquivo “Perícia 2 – Guarac15 (trecho C)”)

• TRECHO D -> final da fita, não separamos esse trecho. Para conferir, basta conferir a fita anexada ao processo no Episódio 8 (ou na sua página da enciclopédia).

• TRECHO E -> TRECHO 04 (Arquivo “Perícia 3 – Guarat04 (trecho E)”)

 

[DOWNLOAD] Trechos da Perícia

 

[DOWNLOAD] Laudo de Perícia Fonética de 1999

 

No laudo em si, as páginas seguintes são as que contém as análises de presença ou não de cortes.

• TRECHO A e B -> TRECHO 14 -> Página 41 (não identifica cortes)

• TRECHO C -> TRECHO 15 -> Página 43 (identifica corte)

• TRECHO E -> TRECHO 04 -> Página 16 (identifica corte)

 

No depoimento do advogado de defesa Silvio Bonone, prestado no dia 11 de Dezembro de 1992 durante o inquérito de investigações de alegações de torturas, ele afirmava que Beatriz havia lhe relatado que ela tentou registrar momentos que estaria sendo coagida a confessar. Essa informação ganha novo significado após se ouvir o TRECHO E.

 

[DOWNLOAD] Depoimento Silvio Bonone 11-12-92

 

PLAYLIST YOUTUBE COM TODOS OS TRECHOS UTILIZADOS NO EPISÓDIO

 

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DIGITALIZAÇÃO DAS FITAS*

Para que não haja nenhum risco do material das fitas novas se perder, Ivan Mizanzuk pediu para que as fitas fossem digitalizadas no Instituto Brasileiro de Peritos, em São Paulo, na presença de uma tabeliã que acompanhou todo o processo. Ela elaborou uma Ata Notarial, atestando que os áudios digitalizados são exatamente iguais aos das fitas.

Ivan Mizanzuk também fiz uma digitalização própria, que está com a qualidade de áudio melhor. Por isso, neste episódio do caso Evandro, os áudios utilizados foram os digitalizados por Mizanzuk. Quem tiver interesse, poderá escutar os áudios digitalizados pelo IBP aqui na enciclopédia, numa playlist feita no YouTube. Os áudios digitalizados por Mizanzuk também estão disponíveis numa playlist separada.

 

Ata Notarial – Página 1/3

 

Ata Notarial – Página 2/3

 

Ata Notarial – Página 3/3

 

PLAYLIST Fitas Novas Completas – Digitalização Instituto Brasileiro de Peritos

 

PLAYLIST Fitas Novas Completas – Digitalização Ivan Mizanzuk

 

PLAYLIST Fitas Novas – Trechos usados no S04E25

 

Os áudios originais do IBP são grandes demais para serem disponibilizados para download. Se alguma autoridade tiver interesse em ter acesso a esses arquivos, deve entrar em contato formalmente via nosso email contato@projetohumanos.com.br

 

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*IMPORTANTE

I. Sobre os áudios digitalizados por Mizanzuk e utilizados no episódio: mini fitas cassetes são gravadas por um processo mecânico, que depois são reproduzidas em um gravador que tem um motor. Às vezes, esse motor pode ir pouco mais rápido ou um pouco mais lento, o que muda o tom da voz de quem está falando. Se estiver muito rápido, fica mais agudo (com aquele efeito de “voz de esquilo”). Se estiver muito lento, fica “arrastada” e mais grave.

Se uma mesma fita for tocada em dois gravadores diferentes, é provável que os áudios fiquem com sons um pouco diferentes por causa dessa velocidade. Por isso, para tentar reconstruir o timbre original, em alguns desses áudios foram tratados por Felipe Ayres, “faz-tudo” de som no Projeto Humanos.

II. Nos áudios do IBP, foi cortada uma parte do arquivo “Fita 2 – Lado A”, no trecho compreendido entre 12min e 18min29seg. Nesta parte havia o que aparenta ser uma conversa telefônica grampeada entre dois habitantes de Guaratuba falando sobre o caso. Várias pessoas de Guaratuba estavam com seus telefones grampeados na época, e esse trecho parece ser uma cópia desse período.

A conversa não tem nada de comprometedor, tampouco é algo que ajude na história. As pessoas da conversa não são relevantes ao caso e não precisam ter uma conversa particular exposta. No caso de alguma autoridade requisitar o áudio completo formalmente, o trecho será mostrado para preservar a integridade da fita original.